Costume Institute do Met promove mostra sobre a extravagância e o bom humor
Preparem-se para muito balangandã, babado, bordado, cor, pompa e circunstância. O tema da exposição de moda de 2019 do The Costume Institute do Museu Metropolitan de N.York vai ser camp. A mostra Camp: Notes on Fashion vai exibir tendências, história e reflexão sobre a estética camp.
Mas o que vem a ser estética camp? Pense Andy Warhol, Ru Paul, John Waters, Divine ou o pianista Liberace. O que eles tem em comum? A extravagância, considerada por alguns como mau gosto e por outros como ironia ou ridicularização do establishment.
Como não poderia deixar de ser, todo ano a mostra vem precedida pelo Met Ball, o evento de moda que reúne as maiores celebridades do planeta vestidas sob a inspiração do tema da exposição.
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E quem vem como madrinha do baile este ano? Não precisa pensar muito. Sim, ela, Lady Gaga. Ela vai receber os convidados ao lado de Anna Wintour, Alessandro Michele, Harry Styles e Serena Williams.
Com certeza este ano a mostra e o baile vão superar toda e qualquer expectativa de deboche e glamour.
Quem intelectualizou a estética do deboche foi a fotógrafa e filósofa Susan Sontag no ensaio Notes on Camp, de 1964. O ensaio é a maior referência do curador Andrew Bolton para esta exposição.
Com patrocínio da Gucci a mostra este ano vai reunir criações de designers como Cristóbal Balenciaga, Jean-Charles de Castelbajac, John Galliano (para Martin Margiela, House of Dior e sua própria marca), Jean Paul Gaultier, Christian Lacroix, Karl Lagerfeld (por House of Chanel, Chloe e sua própria marca), Elsa Schiaparelli, Jeremy Scott (por Moschino e sua própria marca), Anna Sui, Philip Treacy, Walter Van Beirendonck, Donatella Versace (Versace), Gianni Versace e Vivienne Westwood, entre outros.
A mostra vai exibir cerca de 175 objetos entre roupas femininas e masculinas, esculturas, pinturas e serigrafias datando do século 17 até hoje. O início da mostra vai colocar Versailles como um paraíso camp, nas cortes de Louis XIV e Louis XV. A ideia é traçar um caminho entre esse momento barroco até as sub-culturas gay da Europa e dos Estados Unidos no final do século 19 e começo do século 20. A maior parte da mostra será voltada para a reflexão de como se expressam na moda esses elementos de ironia, humor, teatralidade, extravagância, paródia e pastiche.