Elon Musk restringe uso da verificação Twitter Blue


Bitsmag

Selo azul está aparecendo apenas para usuários pagantes

Eu sou uma que comprei o selo azul para o perfil do Bits no Twitter. Há mais de 20 anos tenho meu site Bitsmag, escrevo 90% do site mas, por ter poucas visualizações naquela rede, na qual estou desde 2007, o Twitter nunca tinha me dado a verificação. Eu pedi várias vezes.

Quando começou essa nova fase e passaram a divulgar a verificação paga, eu entrei para fazer uma semana de teste e esqueci de cancelar, acabei sendo cobrada, mas não estou arrependida. Assim que o selo entrou minha timeline melhorou tudo. O que me afastava do Twitter era a vibe de treta constante, os bolsonarismos, mil coisas que eu conseguia me livrar mais facilmente em outras redes.

No Twitter não havia meio de tirar essas porcarias da minha timeline. Agora vem limpa, focada nos assuntos que eu quero ver. Além disso quando eu respondo a posts de outros usuários, aparentemente eles estão lendo minhas respostas e está rolando mais engajamento. E é um engajamento com gente que eu tenho afinidade. É o que eu queria, além de mais visualizações, claro. Isso tudo aconteceu.

O Twitter de Jack Dorsey foi uma metamorfose ambulante absolutamente impossível de domar… Todo mundo fala em moderação. Sim, tem que ter, é importantíssimo, essencial, mas é dificílimo. Não tem como fazer moderação só com bot – inteligência artificial. Tem de ter gente verificando as reclamações, lendo tudo. E, na verdade, este deveria ser o profissional mais bem pago das redes. Os pobres coitados ficam doentes com as barbaridades que precisam ler. Isso não é maneira de dizer, é fato. Moderação é a coisa mais difícil hoje na administração de uma rede social.

Elon Musk é controverso, é tacanho, é um homem de negócios. Ele compra e vende empresas, administra, tenta melhorar o rendimento. Twitter é uma empresa privada e agora ele é o dono.

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Estou na internet desde 1996, eu sei muito bem que o usuário no fundo deveria ser um “sócio” das plataformas sociais. Sem usuário não tem rede social. Com o imbróglio da verificação, Elon Musk está realmente levantando uma discussão muito importante. Importante pra ele, para o Twitter, obviamente, porque é uma empresa privada que precisa pagar os funcionários. Mas importante também para os usuários que precisam entender que não estão num ambiente público e, sim, usufruindo de um espaço que pertence a uma empresa privada. A empresa precisa pagar funcionários, escritórios, manutenção e, obviamente, toda a administração tecnológica da rede.

Com o conteúdo controverso que os usuários postam, seja conteúdo racista, fascista, sexista, misógino, etc, os anunciantes fogem. A saída é cobrar dos usuários. Mas como cobrar se os usuários vem usando essa plataforma há cerca de 16 anos sem pagar nada e com a consciência de que estão levando outros usuários para a rede?

A resposta não existe. Como? Não se sabe, tudo é experimentação daqui por diante. A verificação é necessária para perfis de instituições de todo tipo: governamentais, privadas, celebridades, etc. Fica muito mais complicado quando os verdadeiros perfis são confundidos com os fake. É por isso que a verificação surgiu num primeiro momento. Os grandes influenciadores receberam o Twitter Blue na sequência e depois os menos influentes e aí degringolou…

Elon Musk tropeça na sua imagem. Eu acho que quanto mais ele tenta, pior fica. Quem sabe seria o caso de sair um pouco dos holofotes e colocar um porta voz, pelo menos dentro do Twitter.

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