Met Gala continua repercutindo mais de uma semana depois do evento, mas não é pela moda
O termo digitine, ou guilhotina digital, se tornou viral após a edição 2024 do Met Gala. Inicialmente cunhado pela TikToker @ladyfromtheoutside, o termo vem crescendo exponencialmente nas redes depois da reação negativa a uma postagem da TikToker e apresentadora do canal E! News, Hayley Bailey (Haley Kalil) que esteve no Met Gala realizando entrevistas no tapete vermelho.
O post mostra Haley Kalil parafraseando Maria Antonieta, dizendo algo como “que comam brioches” e vestida como a rainha francesa. Reza a lenda que Maria Antonieta teria dito essa frase mostrando desdém por seus súditos, o que a levou a ser presa e guilhotinada no século XVIII, durante a Revolução Francesa.
O cosplay causou furor e foi a ignição para o movimento de bloquear nas redes todas as celebridades que tem se mantido em silêncio em relação às questões críticas atuais no mundo, como o conflito Israel-Palestina.
Usando as hashtags #digitine e #Blockout2024 o movimento pede o bloqueio em massa de celebridades e influenciadores que tem se mantido em cima do muro. Alguns tem feito vídeos mostrando os bloqueios nas redes e divulgado perfis e listas de pessoas que deveriam ser bloqueadas.
O #digitine surge na sequência de movimentos estudantis em acampamentos universitários em várias cidades dos Estados Unidos. Estudantes tem pressionado as administrações de suas universidades e os políticos a negarem auxílio a Israel. O levante tem tido consequências como detenções em massa de estudantes e de alguns membros dos corpos docentes das universidades.
Especialistas sugerem que, embora esses boicotes possam impactar as celebridades, é necessária uma perda significativa de seguidores para fazer uma diferença substancial.
Não se sabe qual será o impacto na influência passiva de grandes celebridades, mas algumas dessas pessoas estão respondendo aos boicotes. A cantora Lizzo e o influenciador Chris Olsen publicaram vídeos encorajando seus seguidores a doarem em apoio às famílias em Gaza e às organizações de ajuda que servem os palestinos.
A iniciativa é interessante e ainda há muito o que observar para entender qual será o resultado dos bloqueios.