Atriz britânica alega ter sido violentada pelo produtor da Miramax
Julia Ormond, atriz de filmes de grande sucesso dos anos 90 como Sabrina, Lendas da Paixão e Lancelot, O Primeiro Cavaleiro, está processando Harvey Weinstein por estupro. Além do produtor, ela está processando a The Walt Disney Company, a Miramax, produtora de Weinstein na época, e sua agência de atores, a CAA.
A atriz alega ter sido violentada por Harvey Weinstein em 1995 e acusa as empresas de se esquivarem de defendê-la por terem interesse no produtor.
Harvey Weinstein, que está preso depois de ser processado por várias mulheres por estupro, nega as acusações de Julia Ormond.
No processo, Julia Ormond diz que conheceu Harvey Weinstein no início do ano de 1994, quando era uma estrela em ascenção. Os dois mantinham um relacionamento de trabalho, discutindo roteiros que eram enviados pelo produtor.
Em 1995 ela entrou para a agência CAA para representá-la nos Estados Unidos. A agência intermediou um contrato de trabalho de dois anos entre a Miramax, Julia Ormond e sua produtora de audiovisuais. Como parte do acordo Julia se mudou para N.York e vivia em um apartamento pago pela Miramax, empresa de Weinstein.
No processo a atriz afirma que em dezembro de 1995 a agência CAA marcou um jantar de negócios onde estariam ela e Harvey. O intuito era conversarem sobre um projeto em que estavam trabalhando.
Nesse jantar aconteceu o estupro.
Durante o jantar Harvey Weinstein se recusava a discutir negócios e mudava de assunto. Após o jantar, Weinstein disse que só discutiria o projeto no apartamento que a Miramax havia disponibilizado para Julia Ormond, parte do acordo de trabalho. Ela acabou aceitando, depois de ter bebido durante o jantar e queria chegar logo ao assunto principal para o qual havia sido marcado o encontro. No apartamento Harvey Weinstein ficou nú e a forçou a fazer sexo oral.
A diferença entre o processo que move Julia Ormond contra Harvey Weinstein e os outros que foram movidos por várias mulheres contra o produtor, é que neste a atriz coloca em xeque as empresas CAA e Disney por não defenderem a atriz contra Weinstein. Todos sabiam a maneira pela qual ele conduzia suas “reuniões de negócios” com atrizes e modelos.
A atriz conversou com a revista Rolling Stone sobre o processo – leia a matéria em inglês