Série do Prime Video Amazon já está disponível no brasil
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Acaba de chegar no Brasil a plataforma de streaming da Amazon, PrimeVideo.com. Ao lado do portal Hulu, em breve disponível no Brasil, e do Netflix, pode considerar a TV a cabo brasileira moribunda. Os seriados que as TVs brasileiras tem produzido são de qualidade sofrível e os programas normais já não interessam a ninguém. É bem possível que essas TVs deixem de existir muito em breve. Devem ficar os canais de esporte e notícias. Nos Estados Unidos os canais estão se transformando em produtoras de TV que distribuem seus programas em portais próprios e também em outros portais de streaming.
Membros do Prime Video podem assistir a qualquer hora e em qualquer lugar a seus programas pelo aplicativo Amazon Prime Video disponível para telefones e tablets Android e iOS, tablets Fire, modelos mais conhecidos de TVs LG e Samsung, online pelo PrimeVideo.com e também podem baixar todos os títulos em dispositivos móveis para assistir offline.
Membros podem assistir a séries originais da Amazon em inglês, com legendas e dublagem também disponíveis em português, francês, italiano e espanhol. Também podem controlar a quantidade de dados que querem usar quando estão assistindo ou baixando conteúdo ao selecionar entre as qualidades de visualização Good (Boa), Better (Melhorada) e Best (Melhor). Todas utilizam a tecnologia de compressão de vídeo do Amazon Prime Video para ter menor uso de dados, sem reduzir a qualidade visual.
Os sistemas automatizados e de machine learning do Amazon Prime Video também selecionarão as melhores configurações de streaming para um determinado cliente com base em seu dispositivo local e provedor de serviços de internet, proporcionando melhor qualidade visual e menos interrupções, mesmo quando a velocidades da conexão à internet for lenta ou instável.
As séries que a Amazon tem produzido são grandes trabalhos com sucesso de crítica e prêmios como Transparent, Mozart in the Jungle (já exibida no Brasil pelo canal Foxlife) e The Man In The High Castle. Entre as mais recentes destaco a ótima serie Good Girls Revolt que estreou em outubro.
O seriado é baseado em um caso real que aconteceu em 1970 na revista Newsweek. Na época não era permitido empregar mulheres jornalistas. As mulheres que trabalhavam na Newsweek eram chamadas de “pesquisadoras” e não podiam assinar matérias, apesar de às vezes escreverem os textos. O papel das pesquisadoras era de assistente de reporter checando fatos, levantando contatos ou agendando entrevistas.
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Nessa mesma época os Black Panthers angariavam notoriedade, os grafiteiros começavam a pintar os trens do metrô de N.York e as mulheres se mobilizavam em movimentos feministas. No seriado um grupo de pesquisadoras da revista News Of The Week resolve protocolar uma queixa à ACLU (American Civil Liberties Union) pedindo equiparação de direitos na redação.
O seriado mostra muito bem em dez episódios a evolução das personagens, desde o momento que resolvem iniciar a revolta, até a hora que finalmente a queixa se torna pública. Ótimos atores vivem a história que se passa principalmente dentro da redação da revista.
Good Girls Revolt vai perpassando a vida dessa mulheres que viviam em situação de cidadãs de segunda classe, ganhando três vezes menos que os colegas, trabalhando sem obter crédito e lidando com assédios sexuais.
A série conseguiu ótimas críticas na imprensa americana e, apesar da Amazon não divulgar dados de audiência, há indícios de que Good Girls Revolt teve ótima aceitação do público e uma audiência maior que o seriado Transparent.
No entanto na última semana a Amazon divulgou que não vai renovar o seriado para uma segunda temporada. Apesar de inconveniente, a notícia não significa que o seriado não terá outras temporadas. A Sony, produtora de Good Girls Revolt, já está em conversações com canais de TV e portais de streaming como Netflix e Hulu e deve produzir outras temporadas do seriado.
A decisão de não renovar Good Girls Revolt na Amazon foi de um executivo, Roy Price, em um painel de dirigentes que não incluiu nenhuma mulher. A notícia surgiu apenas cinco semanas depois da estreia da série no portal Amazon.
Bom lembrar também que o assunto está mais do que em pauta num momento onde uma candidata mulher nos Estados Unidos acaba de perder uma eleição para um misógino confesso, um homem que passou toda a campanha agredindo repórteres mulheres e a candidata em si, Hillary Clinton.
O “coisa ruim” presidente eleito pode até ser o homem mais poderoso da America no entanto, mais uma vez, o movimento feminista ferve com as reivindicações das mulheres as quais, ainda hoje, recebem menos que os homens e ainda tem de lidar com assédio em seu local de trabalho.