Desgraça impera nos filmes indicados ao Oscar 2008 (com exceção de Juno)
Bem, agora com o fim da greve dos roteiristas americanos, é certa a festa do Oscar dia 24 de fevereiro. Portanto, pra quem gosta de acompanhar a festa já comparando seu gosto ao dos integrantes da Academia, o negócio é ver os indicados ao prêmio maior: o de melhor filme.
Quase todos estão em cartaz: Desejo e Reparação, Conduta de Risco, Onde Os Fracos Não Têm Vez e Juno (em pré estréia). Sangue Negro estréia esta sexta e eu ainda não vi. Confesso que, apesar de reconhecer que é um grande ator, não simpatizo com o Daniel Day Lewis. Adoro o Paul Thomas Anderson, diretor do filme, mas já sei que o filme também fala de desgraça – veremos.
Destes todos recomendo que deixem Juno para o final. Porque? Porque é o único filme feliz entre os indicados e, portanto, se você ficar muito deprimido por causa da tristeza incomensurável dos temas dos indicados, veja Juno que a alegria volta.
E haja desgraça: em Desejo e Reparação a Keira Knightley, que morre e ressucita direto no Piratas do Caribe, vive uma vida tão breve e infeliz que você sente vontade de cortar os pulsos ali no cinema mesmo. Em Conduta de Risco o belíssimo bon vivant George Clooney é um looser desgraçado com uma vida tão sem sentido que realmente dá vontade de chorar pelo desperdício. Onde os Fracos Não Têm Vez é um desperdício de atores, dinheiro, fotografia e, por último, do dinheiro do espectador e, pior, não sobra ninguém pra contar a história no final, já que todo mundo morre.