


















A estreia de Matthieu Blazy na Chanel
A espera acabou! Depois de meses de mistério, Matthieu Blazy finalmente estreou sua primeira coleção para a Chanel, na temporada Primavera 2026. O palco? O imponente Grand Palais, com aquelas luzes esféricas que pareciam planetas – uma metáfora perfeita para o salto gigantesco que o designer estava prestes a dar. Mas quem conhece o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, poderia até se confundir. O Museu tem vários desses planetas com essas imagens projetadas.
Blazy é apenas o quarto nome a comandar a grife fundada por Coco Chanel há 115 anos!
A expectativa estava nas alturas, mas o franco-belga de 41 anos não só correspondeu, como arrasou. A Chanel de Blazy foi a melhor estreia da temporada, entregando algo super moderno, leve e fácil de usar, sem perder o luxo e o savoir faire que são a marca registrada da casa. Blazy entregou moda contemporânea respeitando a história.
Como Blazy Desmistificou a Chanel: O segredo está na alfaiataria
O primeiro passo de Blazy foi mergulhar nos arquivos da Chanel. “Fiquei sobrecarregado. Era tanta beleza que eu nem sabia por onde começar”, confessou. A solução veio de onde menos se esperava: o guarda-roupa masculino de Boy Capel, namorado de Coco.
- Tweed Descomplicado: Blazy pegou o landário tweed Chanel e o tornou super leve, quase sem peso. O truque? Usar viscose para dar mais dinamismo ao tecido. O famoso casaco tweed cropped está de volta, mais cult e desejável do que nunca!
- O Toque Pessoal: As jaquetas curtinhas que abriram o show vieram de uma peça do próprio Blazy que ele cortou na cintura. E as camisas oversized (em parceria com a Charvet) ganharam a corrente metálica da Chanel na barra, garantindo aquele caimento impecável.
- A Inovação do Tecido (Lembra da Bottega?): Quem acompanhou o trabalho de Blazy na Bottega Veneta sabe que ele é um gênio dos materiais. Ele tem a fama de transformar couro em jeans e tank tops. Agora na Chanel, a inovação de tecido é a chave para a leveza.
Primavera 2026
Quebrando Regras com Estilo: Do Underwear ao Luxo
Blazy trouxe uma “realidade cool” para a coleção. Coco Chanel era excêntrica e Blazy abraçou esse espírito de quebrar convenções:
- O Segredo do Cós: Sabe aquele pedacinho de algodão canelado que aparece acima das calças e saias de cós baixo? Blazy explicou que é uma homenagem. A primeira malha jersey que Coco Chanel usou para criar a marinière (a blisa de listras) era, na verdade, usada para roupa íntima! Ele ainda mencionou que seu avô trabalhava em uma fábrica de underwear masculina, dando um toque pessoal.
- A Nova 2.55: A clássica bolsa Chanel 2.55 foi atualizada com um arame nas abas, permitindo que você molde a bolsa como quiser. A ideia não é que pareça nova, mas sim “bem amada”, algo que você valoriza com o tempo.
A mensagem final de Blazy, que teve Nicole Kidman e Ayo Edebiri na primeira fila, é clara: “Isso é só o começo.”Ele conseguiu reduzir os códigos da Chanel ao essencial, provando que, mesmo simplificados, eles continuam inconfundivelmente Chanel.


