Brazil Golden Art Private Equity Investment Fund entra no mercado com 24 milhões de dólares para investimento em obras de arte
Pela primeira vez na história um fundo de investimentos brasileiro tem como ativos obras de arte. A corretora Plural Capital, baseada no Rio e em São Paulo, lançou o fundo BGA (Brazil Golden Art) Private Equity Investment Fund com um capital inicial de 24 milhões de dólares. A ideia é comprar durante três anos obras de arte contemporânea, principalmente de artistas brasileiros, e durante dois anos vender as obras adquiridas que poderão ser arrematadas por um museu ou instituição, ou leiloadas.
A iniciativa de encorajar investidores a aplicar no mercado de arte segue os passos do fundo britânico Fine Art Fund e do fundo de investimentos russo Sobraine.Photoeffect. O mercado de arte brasileiro cresceu 38% de 2008 a 2009, mesmo com a crise econômica no exterior. É um mercado com colecionadores tradicionais e sólidos e com pouca especulação.
Em fevereiro de 2011 uma obra de Adriana Varejão atingiu o recorde de quadro mais caro de um artista brasileiro vivo. Parede com Incisões à La Fontana II foi leiloado pela Christie’s em Londres por 1,7 milhões de dólares, cerca de 2,9 milhões de reais (em 2011). Outros artistas brasileiros muito valorizados no exterior são Beatriz Milhazes, Lygia Clark e Mira Schendel. Curiosamente, um dos mais venerados artistas plásticos brasileiros, Hélio Oiticica, teve uma obra que não foi vendida no recente leilão de Phillips de Pury de Londres.
Cerca de 40 fundos de investimento em ativos de obras de arte foram lançados nos Estados Unidos e na Europa durante o boom das artes plásticas, entre 2005 e 2007. Desde a crise econômica, em 2008, o fundo britânico Fine Art Fund, lançado em 2004, é o único que continua ativo com aplicações que somam 100 milhões de dólares, após um planejamento de levantar 350 milhões de dólares.
Brasil tem seu primeiro fundo de investimentos em arte