Filho de Vivienne Westwood e Malcolm McLaren vai queimar em praça pública sua coleção punk
O filho de Vivienne Westwood e Malcolm McLaren, Joe Corré, por sua vez um bem sucedido empresário britânico, responsável pela fábrica de lingerie Agent Provocateur e a fábrica de cosméticos Illamasqua, vai fazer o ato derradeiro de enterro do movimento punk. Westwood e McLaren criaram o visual punk e foram empresários do maior nome do gênero, a banda Sex Pistols. Na dia do aniversário de 40 anos do lançamento do álbum Anarchy in the UK Corré vai queimar sua coleção de objetos históricos, muitos pertencentes aos seus pais, cabeças pensantes do movimento. O valor da coleção é estimado em cerca de 5 milhões de libras. Punk morre finalmente
O ato, ao mesmo tempo comemorativo e de rebeldia, acontecerá no distrito de Camden onde ele pretende fazer a fogueira e já conclama outros colecionadores de memorabilia punk a queimarem junto a ele suas coleções.
O empresário explica que seu ato acontece em represália ao fato de que a Rainha Elizabeth II declarou o ano de 2016 o “Ano do Punk”. Ele também expressou seu descontentamento com instituições como o BFI (British Film Institute), a British Library, o Design Museum, o Museu de Londres, o ICA (Institute of Contemporary Art), a The Photographer’s Gallery, a gravadora e loja de discos Rough Trade e o teatro Roundhouse por estarem promovendo eventos comemorativos do quadragésimo aniversário do punk depois que a instituição Punk London recebeu mais de 99 mil libras de patrocínio do fundo de loterias.
“A rainha dando sua benção oficial ao 2016, o Ano do Punk, é a coisa mais assustadora que já escutei”, diz o empresário. Ele reitera a importância do movimento punk como instrumento de mudança e não o alternativo e o punk servindo ao mainstream. Ele diz que o punk acabou virando peça de museu ou apenas um tributo.
Joe Corré acredita que hoje no Reino Unido a atmosfera é a mesma que ativou a explosão do punk em 1976. “É como se uma doença epidêmica estivesse atacando o povo britânico. As pessoas estão se sentido sedadas. É sedação e complacência. As pessoas não acreditam que possam ser ouvidas. A coisa mais perigosa é que pararam de lutar pelo que acreditam. Elas desistiram da busca. Temos que explodir toda essa merda novamente”.