Em The Last of Us talvez já tenhamos o Emmy 2023 de melhor episódio


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Eu não sou fã de séries ou filmes de zumbis. Só estou assistindo The Last of Us porque agora temos nosso podcast, O Que Tem Pra Ver?, e eu não poderia deixar de ver a série que é o maior lançamento da HBOMax nos últimos meses. The Last of Us é baseada em um game super famoso de Playstation, então eu decidi ver. Não me arrependo!

O terceiro episódio da série, Long, Long, Time, é um desses episódios que devem ficar na história da TV e do streaming. É maravilhoso. O elenco tem a presença daquele que está em algumas das melhores cenas de seriados nos últimos dois anos: o ator australiano Murray Bartlett, ganhador do Emmy pela primeira temporada de White Lotus.

Outro que aparece no terceiro episódio é Nick Offerman (Parks and Recreation) que faz o papel de Bill, um “survivalist”. Mas o que vem a ser um “survivalist”? É a pessoa preparada pro fim do mundo. Bill tem um bunker dentro de casa, no porão, onde funciona uma sede de vigilância com monitores mostrando as várias faces de sua propriedade. Em todo o entorno ele construiu armadilhas que mantém qualquer ser afastado. Mais não falo para não estragar a experiência de quem ainda vai assistir o episódio. 

A história de Bill começa em 2003, quando estoura a pandemia do fungo Cordyceps. Ele acaba conseguindo construir um sistema de subsistência em sua casa onde ele tem comida, combustível, água e tudo que precisa para continuar vivendo sozinho em sua fortaleza. Após anos vivendo assim, em total solidão, um dia, através de um dos monitores, ele ouve a voz de um homem que caiu em uma de suas armadilhas. Era Frank com quem ele vai conversar e acaba deixando que ele entre em sua casa. 

Daí em diante não vou revelar mais nada. Esse terceiro episódio fala da relação entre esses dois homens. 

É a primeira vez que assisto um filme ou série baseado em um jogo. A maioria é baseada em livros. Quando um filme, ou série, é baseado em livro, um dos desafios é conseguir condensar todo aquele conteúdo numa janela menor de tempo. 

Já na adaptação de um jogo o desafio é o contrário. É preciso inventar narrativas para ligar as fases do jogo e este episódio, Long, Long, Time é um desses casos e é muito bem sucedido. No jogo o personagem Frank é menor e seu relacionamento com Bill é diferente do que é contado no seriado. Alguns fãs hardcore do jogo talvez achem isso um problema. Já quem não conhece o jogo não vai notar a diferença de narrativas, claro.

O episódio traz atuações magistrais dos dois atores e um roteiro afiadíssimo, comovente, cheio de suspense e revelando até alguns momentos de humor. Joel e Ellie aparecem bem pouco, apenas no início e no final do episódio, mas o impacto é grande, emocionante. 

Confira o trailer do terceiro episódio de The Last of Us:

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