Crime de arte: francês cruzou as torres gêmeas andando sobre uma corda, em 1974
Documentário mostra façanha do francês que cruzou as torres gêmeas andando sobre uma corda em 1974
Um dos destaques do festival Sundance 2008 foi o documentário Man On Wire, ainda inédito no Brasil. O filme, dirigido pelo britânico James Marsh, fala sobre o “art crime” (crime artístico) do francês Philippe Pettit que cruzou as torres gêmeas do World Trade Center, em 1974, andando sobre uma corda.
É realmente uma recordação bela dos prédios que tiveram o final trágico e histórico do 11 de setembro de 2001. A performance arriscada e arrojada de Philippe Petit consistiu em oito caminhadas na corda no topo das torres gêmeas, que tinham 110 andares.
Os atentados terroristas que dizimaram os prédios nunca são citados no filme, mesmo assim o subtexto é forte mostrando que um homem estrangeiro foi fascinado pelas torres muito tempo antes delas se tornarem alvo de terroristas.
No filme Philippe Petit se auto descreve como um menino que sempre teve compulsão por escaladas. As torres se tornaram para ele um objeto de obsessão desde que as viu pela primeira vez numa revista na sala de espera do dentista.
Após fazer caminhadas sobre corda na catedral de Notre Dame, em Paris e sobre uma ponte em Sidney, na Austrália, Petit resolveu se arriscar no World Trade Center. E ele conseguiu o que parecia impossível: ele foi várias vezes até o terraço, no último andar, para estudar o terreno, achar pontos específicos e tirar fotos.
Ele entrava de noite no prédio, furtivamente, para estudar e depois instalar a corda e, finalmente, após uma noite sem dormir, aconteceu finalmente a performance e ele caminhou sobre a corda entre os prédios oito vezes e ainda por cima se ajoelhou e deitou, para deleite da massa de pessoas que assistia petrificada.