Globalização do consumo: lojas japonesas, européias e americanas trazem novas experiências para o consumidor norte-americano
Os Estados Unidos têm dado as cartas no quesito “novas maneiras de consumir” há décadas, e agora é a vez dos americanos receberem em seu solo cadeias de lojas diferentes que vêm do Japão ou da Europa. Vem do Japão a Muji, loja que só vende artigos sem etiqueta, sem grife. A primeira loja americana do conceito Muji, que já existe em Londres há uma década, fica dentro do MoMa do Soho, em N.York. O conceito da Muji é o de produtos simples, sem grande apelo visual, mas de grande utilidade. Tem de tudo: roupa de cama, artigos para a casa, roupas e utensílios. Vem do Japão também a Famima, um supermercado diferente com dois pontos em Los Angeles, em West Hollywood e em Santa Mônica. O mercado funciona como uma mercearia, uma loja de conveniência e também um restaurante.
O estilo Muji foi exibido numa instalação na feira de design de Milão em 2003
O ponto forte? Revistas de quadrinhos japoneses, os venerados mangás. E tem mais: a loja é conectada com sua contrapartida virtual, ou seja, se o consumidor não achar o que quer na loja, pode comprar na loja virtual nos vários terminais conectados à internet. Pra quem já entrou na onda dos orgânicos, a cadeia inglesa Pret a Manger oferece em 10 pontos em N.York sanduiches com ingredientes inusitados como abacate , salmão e tudo que for sem aditivos e corantes. Pra completar os franceses (outra troca aqui, deveriam ser ingleses) do Les Palais de Thés querem fazer na América uma contrapartida ao Starbucks, só que de chás. Com produtos caríssimos a Les Palais de Thés está em Beverly Hills, o bairro caríssimo de Los Angeles, vendendo meio quilo de chá verde a 300 dólares. Enquanto isso lojas que são marca registrada americana, como a Wal-Mart e a JC Penny, migram dos anúncios em revistas populares para as veneradas páginas da Vogue América. Isso é a mostra de que a moda agora é global e voltada para todas as classes sociais.