Quem matou Tupac Shakur


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Reportagem desta semana do Los Angeles Times incrimina o rapper Puff Daddy e seus sócios por atentado a Tipac Shakur em 1994

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Reportagem desta semana do Los Angeles Times incrimina Sean “Puffy” Combs e seus sócios por atentado ao rapper 

Em reportagem publicada na segunda, 17 de março de 2008, o jornal Los Angeles Times acusa Sean "Puffy" Combs, ou Puff Daddy, e seus sócios na Bad Boy Records, James "Jimmy Henchman" Rosemond e James Sabatino, de ordenar o atentado contra o rapper Tupac Shakur em 1994, no prédio dos Quad Recording Studios em Times Square, em N.York. Tupac Shakur sobreviveu ao atentado, mesmo levando quatro tiros, mas o incidente iniciou uma guerra entre os rappers da costa leste e oeste dos Estados Unidos. Dois anos depois Shakur foi finalmente assassinado, em Las Vegas. Até hoje ninguém sabe quem matou Tupac Shakur e ninguém foi processado no caso do atentado de 1994.

A reportagem do LA Times vem ecoando em toda imprensa americana e outros jornais estão publicando respostas de Puff Daddy e James Rosemond. James Sabatino está preso acusado de diversos delitos, mas nenhum relacionado à morte de Shakur. O jornal alega que teve acesso a arquivos do FBI onde um informante disse às autoridades em 2002 que Rosemond e Sabatino armaram uma emboscada para atrair Tupac Shakur ao prédio dos Quad Studios para que ele fosse atacado.

Os arquivos, resumos de entrevistas do FBI com o informante realizadas em julho e dezembro de 2002, mostram detalhes de como Shakur foi atraido para o estúdio e de como foi preso numa emboscada que fez parecer que ele havia sido assaltado. O jornal também alega que outras pessoas que tinham conhecimento do incidente conversaram com o jornal e confirmaram os depoimentos do informante, dando mais dados adicionais. Segundo essas informações Rosemond e Sabatino, que não se conformavam com a recusa de Shakur de fechar um negócio com a gravadora, chamaram-no aos estúdios para gravar vocais em uma faixa de rap, trabalho pelo qual ele ganharia 7 mil dólares. 

O depoimento do informante, no entanto, não foi levado em consideração no processo mas agora o jornal levanta a hipótese para o público. Sean Combs e James Rosemond têm enviado respostas indignadas a outros veículos de comunicação americanos como a revista Rolling Stone e o jornal Newsday, negando ligação com o atentado contra Tupac Shakur em 1994.

Sean Combs é considerado o segundo maior magnata do hip-hop e tem um patrimônio estimado em cerca de 300 milhões de dólares, incluindo a gravadora Bad Boy Records e linhas de roupa e perfumes. Controverso o rapper é sempre envolvido em polêmicas. Existe a hipótese de que ele seja ligado à máfia italiana e que ele utiliza empresas terceirizadas para a fabricação de suas roupas, empresas estas que empregam trabalho infantil e em condições injustas. 

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