Femina: Festival de cinema tem o objetivo de destacar o trabalho de mulheres no cenário brasileiro e mundial
Evento em cartaz no Rio tem o objetivo de destacar o trabalho de mulheres no cenário brasileiro e mundial
Por: Divulgação
O novo longa-metragem da atriz e diretora iraniana Mania Akbari, 10+4, é o filme de abertura da quinta edição do FEMINA – Festival Internacional de Cinema Feminino, que começa no dia 2 de junho e segue até dia 8, nos cinemas do Caixa Cultural (Largo da Carioca , RJ).
Mania Akbari ficou conhecida por sua interpretação em “Ten”, filme do conterrâneo Abbas Kiarostami (Palma de Ouro em 1997 pelo filme ‘Gosto de Cereja’). Em 10+4 , título que é uma alusão aos quatro anos que se passaram desde então, Mania dirige e protagoniza seu segundo longa, cuja ação também se passa dentro de um carro. Mas dessa vez, a personagem de Akbari está com câncer, assim como a artista durante as filmagens.
Mania comenta sua obra: “Este filme reflete minha experiência interior. Ele é de importância vital para expor as verdades internas não importando o quão difíceis e dolorosas elas possam ser” reflete a diretora. E continua: “10 + 4 descreve uma parte de nossas realidades. O que é difícil e não pode ser dito ou ouvido será visto e isso tornará a cura possível. Nós devemos permitir que as coisas que devem morrer dentro de nós morram de verdade; e deixar viver o que tem que renascer ou o que tem que permanecer vivo. Se nós sucumbirmos à morte interior, então a morte real surgirá com toda a sua força”, conclui a artista.
10 + 4 caminha sobre a delicada linha entre a arte e a vida. Se em seu filme anterior, o revelador “20 Dedos”, Akbari esmiuçou as relações entre homens e mulheres, dessa vez ela não poupa ninguém, nem a si mesma. Freqüentemente são os menores detalhes que revelam as mais duras verdades: um homem de motocicleta oferece carona à (recentemente careca) Mania da estrada a fim de descobrir se ela é homem ou mulher… as conversas se desenrolam de forma episódica e num estilo alegórico, o filme se transforma em mais do que um documentário convencional; ele atravessa pelo vereda da arte. Recheado de toques de graça e humanidade, sem nunca ser sentimental, é um olhar honesto (às vezes até brutal) nos momentos da vida que podem ocorrer bem perto da morte.
10+4 será exibido na abertura do FEMINA, às 20h do dia 2 de junho e também às 16h da terça, dia 3. Outra obra da artista iraniana, Mania Videoarts será a atração de quarta, dia 4, às 16h.
O FEMINA
O FEMINA 2008 é composto de 125 filmes (longas, médias e curtas-metragens) de 18 países, que estão distribuídos nas onze mostras que o compõem:
1. Competitiva Internacional (curtas e longas)
2. Competitiva de Documentários Nacionais (curtas e médias)
3. Experimental
4. Eu gosto é de Mulher
5. Infantil
6. Dividindo a Conta
7. Masculino-Feminino
8. Portugal (homenagem)
9. Especial
10.Mujer es Audiovisual (Colômbia)
11. Do jeito que ela gosta/ As she likes it (Áustria)
Além de Homenagem a Carla Camuratti, Debates seguidos de filmes, o mais novo longa metragem de Mania Akbari (10+4)e suas “6 Videoartes”, o lançamento do filme “Memórias de uma mulher impossível”, de Márcia Derraik e exibição do vencedor de melhor longa-metragem no FEMINA 2007, o filme “4 Elements”, de Jiska Rickels.
PRÊMIOS das Mostras Competitivas
Os prêmios do FEMINA – Festival Internacional de Cinema Feminino são:
– melhor longa
– melhor curta
– melhor documentário
– melhor diretora de longa
– melhor diretora de curta
– melhor direção de documentário
– melhor filme de estudante (curta ou longa)
– melhor destaque feminino (curta ou longa) – para uma função desempenhada por uma mulher da equipe
O FEMINA – Festival Internacional de Cinema Feminino é o primeiro evento do gênero no Brasil e foi criado com o objetivo de destacar o trabalho de mulheres no cenário brasileiro e mundial.
Criado em 2004 pela produtora Rio de Cinema, o FEMINA é formado de sessões em cinema e vídeo de filmes dirigidos por mulheres, distribuídas em mostras competitivas ou temáticas, além de debates constituídos de assuntos que abrangem a atuação do universo feminino em questões políticas-sócio-culturais.