Atriz italiana foi voz preponderante do movimento #MeToo
Asia Argento não perde uma oportunidade de se auto-promover. No entanto ela está precisando de um marqueteiro, porque não parece ter noção de boa ou má publicidade. No afã de querer aparecer tem criado muitos problemas para si, para os que estão a sua volta e para as causas que ela abraça.
Mas quem é Asia Argento? A atriz italiana é filha do cineasta Dario Argento, conhecido por filmes de terror. Como não gosto do gênero, não tenho absolutamente nada a dizer sobre a carreira cinematográfica dele. Já Asia, nascida em 1975, fez vários filmes na Itália como atriz e dirigiu documentários, curtas e filmes. Nos Estados Unidos ficou conhecida como a mocinha de um dos primeiros filmes de Vin Diesel, Triplo X, o que reforça minha argumentação da necessidade da moça arrumar um marqueteiro e um bom agente.
Em 2017 e 2018 Asia Argento foi tema de muitas matérias na imprensa. Ela tomou a frente do movimento #MeToo quando falou em público num evento no festival de Cannes. Disse ter sido estuprada por Harvey Weinstein em 1997 lá mesmo no festival, ele que era o todo poderoso produtor de Hollywood, responsável pelo estúdio Miramax. Além desse protagonismo no movimento, Asia estava namorando o apresentador e produtor de TV Anthony Bourdain.
Bourdain é meu ídolo, uma grande inspiração, mas tinha um gosto muito estranho para mulheres. Não sei se foi crise de meia idade ou crise de terceira idade. Uma pena jogar fora uma vida de feitos tão bacanas por conta dessas escolhas esquisitas. A outra esposa é lutadora não sei de que e, dizem, traiu Bourdain com o personal trainer. É clichê até dizer chega: mais de 20 anos mais nova que ele e de uma esfera completamente diferente de Bourdain, filho de intelectuais, super respeitado tanto no mundo do entretenimento como da cultura.
Asia, apesar da pecha de “cineasta cult, também ataca em esferas da cultura pop: foi jurada de programa de reality. Atira para tudo quanto é lado. Dá pra entender a deprê que o Bourdain estava antes de cometer suicídio. É muito interessante pois existem muitos homens assim, com um gosto muito esquisito para mulheres. Um cara inteligente, vivido, com tanta coisa a oferecer a uma companheira e escolhia essas coisas esquisitas, impossíveis de conviver.
Fico me perguntando que classe de convivência agradável se pode ter com uma mulher tão atrapalhada. Ela o levou a fazer uma série de coisas estranhas, de pagar 380 mil dólares para um moleque chantagista, a deixá-la dirigir um episódio do seriado premiado dele, Parts Unknown da CNN.
O tal de Jimmy Bennett foi ator mirim e atuou com Asia Argento no filme Maldito Coração, em 2004, o qual ela dirigiu. O histórico do menino já é problemático: ele enfrentou mãe e pai nos tribunais. Eles mantinham uma poupança com os cachês dele quando era criança e houve uma disputa sobre os montantes que estavam depositados. Em 2017 ele chantageou Asia Argento, ameaçando processá-la por conta de um encontro dos dois, quando ele tinha 17 e ela 37 anos. O encontro foi no hotel Ritz-Carlton de Marina Del Rey, na California. Nesse estado sexo com menor de idade é crime. Bennett alega que teve relações sexuais com Asia Argento e a experiência o traumatizou. O assunto teve uma pausa quando foi resolvido por Anthony Bourdain, então namorado de Asia que pagou ao menino a quantia de 380 mil dólares, um acordo sobre o que ele pedia, mais de 3 milhões.
Não tenho a menor dúvida de que Harvey Weinstein esteja por trás da investida de Jimmy Bennett contra Asia Argento. O ex-produtor todo poderoso vem recolhendo sujeira contra suas acusadoras, como já era de se esperar de uma pessoa na situação em que ele está, respondendo a centenas de processos. Mas Asia é presa fácil por compartilhar besteiras com duplo sentido em suas redes sociais, tal qual uma blogueirinha adolescente.
Asia Argento me parece uma pessoa totalmente inconsequente e refém da necessidade de aparecer. Fico imaginando a equipe do Parts Unknown. Asia jamais fez parte da equipe do seriado super premiado da CNN. De repente ela dirige o episódio de Hong Kong. Não foi Belo Horizonte, onde Bourdain já esteve, falamos de Hong Kong, uma cidade absolutamente excepcional. Que diretor não gostaria de dirigir um episódio na maior cadeia de notícias do mundo numa cidade tão bela e interessante? E com direito a Bourdain escrever na Hollywood Reporter sobre a “experiência maravilhosa”, a grande profissional que ela é, isso tudo menos de um mês antes dele se suicidar depois de ver a namorada nas redes sociais aos abraços e beijos com o jornalista Hugo Clement que a ajudou a atacar o estuprador mor de Hollywood.
Não gosto de falar mal de outras mulheres, afinal isso afunda o feminismo. Mas não gosto das atitudes dela.
E venhamos e convenhamos: Weisntein jamais teria estuprado Asia se ela não tivesse entrado no quarto de hotel dele. Negócios se resolvem em escritório, de dia. O que ela foi resolver dentro do quarto de hotel dele? Não estou dizendo “ela pediu”, mas ir pro quarto de hotel de um véio horroroso é a mesma coisa que sair com um Rolex de ouro às 10 da noite na frente da favela Pavão-Pavãozinho em Ipanema. A chance de ser assaltado é de 90%.
O problema maior agora é que as trapalhadas de Asia Argento acabam machucando o movimento #MeToo e isso é inadimissível.