Com a presença das meninas do Cobra Killers, da Alemanha, dos também alemães Le Hammond Inferno e dos mexicanos Panotica e Silvério, além de artistas nacionais como Marky, Xrxs e Loop B, acontece este mês em S.Paulo mais um festival Hype. Esta terceira edição traz também exposição de instalações sonoras, com obras de Chelpa Ferro (RJ), Tato Taborda (RJ), O Grivo (MG). Ruggero Ruschoni (SP) e Jônatas Manzolli (SP).
No primeiro fim de semana foi vez da prata da casa, com shows de Marky, Xrxs e banda, mostrando o último trabalho In Rotation, com presença de João Gomes Filho na guitarra e Nilce Carvalho nos teclados. Loop B (que comemora seu aniversário de 50 anos!) é a atração de sexta, recebendo Lívio Tratenberg no piano e clarone e Paulo Beto, do projeto eletrônico Anvil FX
O que? Festival 3Hype
Onde? Sesc Pompéia, Rua Clélia 93, S.Paulo.Tel: 0800-118220
Quem? Shows com Marky e Xrxs, Loop B, Cobra Killers, Le Hammond Inferno, Panotica e Silverio. Instalações sonoras de Chelpa Ferro (RJ), Tato Taborda (RJ), O Grivo (MG). Ruggero Ruschoni (SP) e Jônatas Manzolli (SP).
Quando? De 12 a 22 de agosto. Shows dias 13, 18, 19 e 20 às 20h30min. Instalações em exposição de terça a sábado das 13h às 20h30min. Domingo das 10h às 19h30min.
Quanto? Shows – de R$ 8 a R$ 20. Exposição – grátis.
Info? www.sescsp.org.br
Esta semana é a vez das atrações internacionais, Cobra Killers e Le Hammond Inferno, com a participação do sambista Jair Rodrigues (?!?!). Rock e electro na mistura das meninas alemãs, que fazem também techno hardcore desde 1998. Elas já são referência de gente como Peaches e Thurston Moore, o líder do Sonic Youth, que já deu espaço pra elas em um show na Alemanha. As meninas abusam de visual sexy e punk em apresentações vigorosas com o repertório do terceiro disco, 76/77. As Cobra Killers se apresentam dia 18. Já Le Hammond Inferno, a dupla de DJs e produtores alemães Holger Beier e Marcus Liesenfeld, são considerados os inventores do bastard pop. É deles a versão mais absurda de Deixa isso pra lá, de Jair Rodrigues, que faz uma participação no Hype, dia 19. Os rapazes não se assumem como inventores do bastard pop e dão continuidade ao selo Bungalow Records. Sua música tem muitos samples, claro, e batidas funky e groovie juntando euro dance, rap e ritmos latinos. Já habituês do Sonar de Barcelona os rapazes tocam com freqüência por toda a Europa.
Na sexta e no sábado é a vez dos mexicanos mostrarem de que se trata o termo Nortec, um movimento da eletrônica mexicana do norte do país. O termo engloba o estilo que junta a sonoridade tradicional da música mexicana com techno e já vem do fim dos anos 80. Panoptica é Roberto Mendoza, de Tihuana, aquela cidade mostrada no filme Traffic, de Steven Soderberg. Mendoza já foi da banda de rock pós-industrial Artefakto e hoje faz um som experimental envolvendo dub. Seus trabalhos já foram lançados pelo selo drum’n bass londrino Certificate 18, no sub-selo Eletronic Projects Releases. Além do Panoptica Mendoza desenvolve ao lado do amigo e músico David J. um projeto chamado Desierto. Silverio, codinome de Julian Lede, é outro mexicano que se apresenta no Hype. Sua música mistura electro e rock e em suas performances às vezes conta com Ceci, rainha da Playboy mexicana de 2002. Silverio foi um dos destaques do Sonar de Barcelona, este ano e tem seu próprio selo, Nuevos Ricos.