C6 Festival traz Pavement, Soft Cell, Cat Power e o melhor da nova música em maio


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Kamasi Washington volta ao Brasil com novo projeto

A segunda edição do C6 Fest acontece em maio, em São Paulo. O festival herdeiro dos antológicos Tim Festival e Free Jazz é uma parceria entre a Dueto Produções e o banco C6. A programação eclética vai do jazz ao rock passando pelo soul, MPB, eletrônico e world music. Tem pra todo mundo e a curadoria é garantia de qualidade. Hermano Vianna, José Nogueira, Ronaldo Lemos, Pedro Albuquerque e Felipe Hirsch são os responsáveis pela programação. 

A beleza de um festival como o C6 Fest está em expandir nossas sensibilidades, abrir nossos horizontes sonoros. Esse é o grande sentido pra mim, unir nomes consagrados ao novo. Se no passado nomes como Chet Baker, Ray Charles e Sarah Vaughan se uniam a talentos como Bobby Mc Ferrin, Philip Glass e John Zorn, hoje seguimos abrindo caminho para novas forças criadoras

Monique Gardenberg, fundadora da Dueto Produções

O evento acontece no Parque do Ibirapuera de 17 a 19 de maio de 2024. Este ano marca os 70 anos do parque e serão utilizados a plateia interna do Auditório Ibirapuera, a sua área externa voltada para o gramado (batizada de Arena Heineken), a Tenda Metlife e o prédio modernista Pacubra – Pavilhão das Culturas Brasileiras, que abrigará a seleção de DJs e parte da área de convivência do público, o famoso Village. As apresentações de jazz acontecem nos dias 17 (sexta) e 19 (domingo), enquanto todas as demais se concentram no fim de semana (sábado, 18, e domingo, 19).

Artistas da segunda edição do C6 Fest

Entre as atrações internacionais está a banda indie-rock Pavement, os escoceses do Young Fathers e a canadense Cat Power em show exclusivo de repertório de Bob Dylan. Black Pumas e seu soul psicodélico made in Austin, além de Romy, vocalista e guitarrista do xx completam a programação roqueira.

Na seara R&B e soul temos a britânica Raye, fenômeno recente do gênero e Daniel Caesar, canadense que está se destacando. A banda Dinner Party, com Kamasi Washington em sua formação, também está na programação que traz ainda o Cimafunk, expoente do funk caribenho. 

O lendário Soft Cell traz seu synthpop resiliente para São Paulo. A dupla belga 2ManyDJs encabeça a programação de DJs ao lado de um long set de David Morales. 

Fausto Fawcet traz seu novo show ao festival. O C6 Fest promove ainda um grande baile soul em homenagem ao legado do cantor e compositor paraibano Cassiano, cuja carreira completaria 60 anos em 2024. Os acordes etéreos de A Lua e Eu e a efervescência de É Primavera serão celebrados no show que unirá sofisticação e experimentação psicodélica. A fusão da brasilidade com a vanguarda negra dos EUA – uma das marcas do cantor e compositor morto em 2021 – será a bússola do tributo comandado pelo produtor e diretor musical Daniel Ganjaman. Uma big band acompanhará uma constelação de poderosas vozes da música preta do país. Entre os nomes confirmados até o momento estão Liniker, Preta Gil, Francisco Gil, Negra Li e Luccas Carlos.  

O jazz e suas vertentes ocupam o interior do Auditório Ibirapuera. 

A principal novidade em relação à primeira edição do C6 Fest é que os ingressos para os shows, antes vendidos separadamente para cada palco, ganham nova configuração, agora com duas categorias diferentes: ingresso com lugar marcado, válido exclusivamente para as apresentações de jazz no Auditório Ibirapuera; e ingresso único de pista, que dará acesso aos shows da Tenda Metlife e Arena Heineken. No sábado e domingo, todos os ingressos darão direito ao Village e Pacubra, este último sujeito a lotação (na sexta não haverá programação nestes dois espaços).  

A primeira edição do C6 Fest provou que é possível fazer um festival diferente, onde a experiência musical volta a ser o centro de tudo. O resto deve ser conforto para que o público possa prestar atenção nos shows, com a melhor qualidade sonora. Festival bom precisa facilitar o encontro entre vários tipos de público, vários estilos musicais, possibilitando novas descobertas e quebra de preconceitos

Hermano Vianna

C6 Fest
PARQUE IBIRAPUERA (Av. Pedro Álvares Cabral, 0 – Ibirapuera
Ingressos: site oficial SITE DE VENDAS: C6fest.byinti.com 

Arena Heineken e Tenda Metlife (dias 18 e 19 de maio, sábado e domingo) 
R$ 660 (inteira) / R$ 330 (meia) 
*Ingressos dão direito ao Pacubra/Village

Auditório Ibirapuera (plateia interna) (dias 17 e 19 de maio, sexta e domingo) 
R$ 560 / R$ 280 (meia) 
*Ingresso para o dia 19 dá direito ao Pacubra/Village
**no dia 17 não haverá programação no Pacubra 

PASSAPORTES (1º lote) 
Passaporte Jazz (dá acesso aos dois dias de shows na plateia interna do Auditório Ibirapuera e ao Pacubra/Village no show do dia 19*)
R$ 1000 (inteira) / R$ 500 (meia)
*no dia 17 não haverá programação no Pacubra 

Passaporte Arena Heineken e Tenda Metlife (dá acesso aos dois dias de shows nestes palcos e ao Pacubra/Village)
R$ 1200 (inteira) / R$ 600 (meia)

PONTO FÍSICO DE VENDA DE INGRESSOS (SEM TAXA):
Oca – Av. Pedro Álvares Cabral, S/n – Portão 2
Horário de funcionamento: 
De quarta a sexta, das 11h às 19h
Sábados, domingos e feriados, das 9h às 19h
Telefone: (11) 5082-1777

PROGRAMAÇÃO:
AUDITÓRIO IBIRAPUERA (Plateia Interna)
SEXTA, 17 DE MAIO
Jakob Bro ‘Uma Elmo’ 
Jihye Lee Orchestra 
Charles Lloyd Quartet 
Daniel Santiago e Pedro Martins

DOMINGO, 19 DE MAIO
Dinner Party ft. Terrace Martin, Robert Glasper and Kamasi Washington
Chief Adjuah

ARENA HEINEKEN, TENDA METLIFE, PACUBRA
SÁBADO, 18 DE MAIO
Black Pumas 
Raye 
Ayra Starr
Cimafunk
2manydjs (Live) 
Soft Cell 
Romy 
Jaloo convida Gaby Amarantos

Pista Quente 
Fausto Fawcett 
Valentina Luz

DOMINGO, 19 DE MAIO
Daniel Caesar 
Baile Cassiano 
Young Fathers 
Paris Texas
Pavement 
Cat Power sings Dylan ’66 
Noah Cyrus 
Squid 
Jair Naves
David Morales (Sunday Mass)
Dj Meme


OS ESPAÇOS
TENDA METLIFE
Com uma atmosfera íntima e capacidade para 5 mil pessoas, a Tenda Metlife receberá nove atrações que representam os mais variados gêneros e as novas tendências da música contemporânea. 

ARENA HEINEKEN (PLATEIA EXTERNA DO AUDITÓRIO IBIRAPUERA) 
O palco externo do Auditório Ibirapuera, voltado para um enorme gramado do parque, é o espaço com a maior capacidade de público do festival e sediará uma variedade de estilos sonoros, comandados por algumas das grandes sensações da música mundial. 

AUDITÓRIO IBIRAPUERA 
O palco interno do Auditório Ibirapuera abrigará seis espetáculos do festival. Com 800 lugares, o teatro, concebido por Oscar Niemeyer nos anos 1950 mas construído somente em 2005, receberá apresentações de caráter mais intimista, com alguns dos nomes mais representativos do jazz contemporâneo. 

PACUBRA – Pavilhão das Culturas Brasileiras
Com capacidade para 2 mil pessoas, o Pacubra é um dos prédios modernistas assinados por Oscar Niemeyer no parque e fica próximo ao edifício mais famoso projetado pelo arquiteto no local, o da Bienal. O espaço hospedará em seu subsolo um lineup de badalados DJs, enquanto o térreo abrigará uma extensão do Village, o famoso ponto de encontro do público no festival, que reúne praça de alimentação, experiências e ativações. Assim como em 2023, Nelsinho Ferman, do Núcleo Food, assina a curadoria gastronômica do C6 Fest.


Confira info de todos os artistas: 

LINEUP

2manydjs (live)
O grupo 2manydjs volta ao Brasil duas décadas após sua primeira visita, trazidos pela mesma equipe por trás do C6 Fest. Composto pelos irmãos belgas David e Stephen Dewaele, eles emergiram como uma influente dupla de DJs e produtores no cenário da música eletrônica. Sua jornada começou na década de 1990, com o lançamento de remixes inovadores que fundiam diversos gêneros musicais. O duo é reconhecido por sua abordagem única, incorporando elementos de rock, pop, hip-hop e muito mais em suas produções. O álbum ‘As Heard on Radio Soulwax Pt. 2’ consolidou o seu status, apresentando uma colagem sonora eclética. Suas performances ao vivo são conhecidas por criar experiências imersivas, redefinindo as fronteiras da música eletrônica. Os irmãos também são membros da banda Soulwax. Com uma carreira marcada por inovação e experimentação, eles continuam a ser uma força criativa na cena global da música eletrônica, inspirando gerações com sua abordagem vanguardista.

Ayra Starr
Segundo o jornal inglês The Guardian, a nigeriana de origem beninense Ayra Starr “é uma cantora e compositora que personifica a vanguarda da música africana contemporânea”. Ícone de uma nova era musical do continente, sua escalada ao topo se iniciou com o single ‘Rush’, que permaneceu ao longo de 13 semanas no Top 40 do Reino Unido, antes de render a ela uma indicação ao Grammy. No palco, o vigor incansável e a voz poderosa que passeia por timbres diversos ajudaram a firmá-la como um símbolo de progresso na música atual. Ayra percorre estilos musicais distintos com a mesma versatilidade e maturidade só vistas em artistas com muita estrada.

Baile Cassiano 
O C6 Fest promove nesta edição um grande baile soul em homenagem ao legado do cantor e compositor paraibano Cassiano, cuja carreira completaria 60 anos em 2024. Conhecido como um dos pioneiros do movimento soul e funk do Brasil, o artista ganhou destaque nas décadas de 1970 e 1980 a partir de álbuns como ‘Imagem e Som’ (1971) e ‘Cuban Soul: 18 Kilates’ (1976), além de colaborações com artistas da grandeza de Tim Maia e Hyldon. Os sucessos ‘A Lua e Eu’ e ‘É Primavera’ tornaram-se clássicos instantâneos da música brasileira ao incorporarem elementos de samba, soul e música romântica. A fusão da brasilidade com a vanguarda negra dos EUA – uma das marcas do cantor e compositor morto em 2021 – será a bússola do tributo comandado pelo produtor e diretor musical Daniel Ganjaman, que arregimentou uma big band para acompanhar as vozes poderosas de Liniker, Negra Li, Preta Gil, Francisco Gil e Luccas Carlos – nomes confirmados até o momento.  

Black Pumas
O Black Pumas é uma banda de soul e funk originária de Austin, Texas, formada em 2017. Liderada pelo vocalista Eric Burton e o guitarrista/produtor Adrian Quesada, a banda rapidamente ganhou destaque com sua fusão única de influências retrô e contemporâneas. Seu álbum de estreia homônimo, lançado em 2019, recebeu aclamação da crítica, sendo indicado ao Grammy. A voz poderosa de Burton e a habilidade instrumental de Quesada criam uma atmosfera cativante. A banda é conhecida por suas performances energéticas ao vivo, destacando-se no circuito de festivais. O nome Black Pumas simboliza o animal como um emblema de resiliência e força. Com seu som autêntico, o duo conquistou uma base de fãs dedicada, solidificando-se como uma força inovadora no cenário musical contemporâneo. Mais selvagem, estranho e extravagante do que álbum antecessor, ‘Chronicles of a Diamond’, lançado em 2023, chega como a expressão mais plena até agora da criatividade frenética e a visão ilimitada do grupo. 

Cat Power 
Voz inconfundível do indie rock dos EUA, Cat Power recria, faixa a faixa, um dos shows mais emblemáticos de Bob Dylan no álbum ‘Cat Power Sings Dylan: The 1966 Royal Albert Hall Concert’. No palco do C6 Fest, o público terá a oportunidade de experienciar a interpretação da artista em torno da obra do maior ícone da história do folk. Nome artístico de Chan Marshall, Cat Power é uma cantora e compositora americana nascida em 1972.  Alguns de seus álbuns, como ‘Moon Pix’ e ‘The Greatest’, são marcados por letras introspectivas e emotivas que se conectam profundamente com os ouvintes. Sua habilidade em misturar de forma autêntica gêneros como folk, rock e indie e transmitir emoções em suas composições a tornaram uma figura influente na música contemporânea. Apesar de enfrentar desafios relacionados à saúde mental ao longo de sua carreira, Cat Power continua a cativar fãs com sua honestidade e talento. Sua música evoluiu ao longo dos anos, mantendo uma base de fãs leais e conquistando novos admiradores, solidificando seu lugar como uma das artistas mais originais e talentosas da cena musical atual.

Charles Lloyd Quartet com Gerald Clayton, Reuben Rogers e Eric Harland   
Reverenciado como uma das maiores lendas vivas do jazz, o saxofonista e flautista Charles Lloyd é reconhecido como um dos pioneiros da música global, muito antes do termo ‘world music’ ser cunhado. Artista de vanguarda e precursor do jazz psicodélico, sua música transcende com sofisticação e elegância os domínios do blues, rock e tradições não ocidentais. Nascido em Memphis, no Tennessee, em 1938, ele ganhou destaque nos anos 1960 ao colaborar com artistas como Chico Hamilton e Cannonball Adderley. O álbum ‘Forest Flower’ (1966) o catapultou para a fama, tornando-se um marco do jazz. Sua música incorpora com fluidez uma ampla gama de influências, desde o jazz tradicional até elementos do rock e da música mundial. Após um hiato nos anos 1970, Lloyd retornou na década seguinte com uma carreira solo notável. Desde então, continuou a inovar, recebendo prêmios e elogios da crítica. Sua longevidade e contribuições à evolução do jazz solidificam Charles Lloyd como uma figura ímpar e respeitada no cenário musical internacional.

Chief Adjuah (antes conhecido como Christian Scott)
Reconhecido como um dos músicos mais inovadores e criativos da cena contemporânea do jazz, o trompetista Chief Xian aTunde Adjuah – antes conhecido como Christian Scott – destaca-se por sua habilidade em combinar tradição e vanguarda. Influenciado por suas raízes em New Orleans, o jazz modal, o pós-rock, o hip hop e música eletrônica, o multipremiado artista apresenta uma abordagem única e eclética em suas composições. Seus álbuns, como ‘Stretch Music’ e ‘Ancestral Recall’, exploram narrativas sociais e culturais, refletindo seu ativismo musical. Indicado ao Grammy e com prêmios importantes na trajetória, Chief Adjuah é reconhecido por sua contribuição significativa à evolução do jazz contemporâneo, posicionando-se como uma voz influente na cena global. 

Cimafunk
O cantor Cimafunk, cujo nome de batismo é Erik Alejandro Rodríguez, nasceu na cidade cubana de Pinar del Río, em 1989. Ele se destaca por sua contribuição única para a música caribenha, mesclando gêneros como funk, soul, e música afrocubana. Com participações de George Clinton e CeeLo Green, ‘El Alimento’ (2021), o seu álbum mais recente, foi indicado ao Grammy deste ano na categoria Melhor Rock Latino ou Álbum Alternativo, além de figurar nas listas de melhores do ano da Rolling Stone e NPR. O cantor começou carreira como vocalista da banda de rock alternativo Malpais, mas só foi alcançar reconhecimento internacional com seu projeto solo. Reconhecido pelo carisma no palco e canções marcadas por letras inteligentes e uma voz poderosa, o artista representa uma nova geração de cubanos que buscam uma expressão musical diversificada com raízes profundas na rica tradição musical de seu país de origem.  

Daniel Caesar
Cantor, compositor e produtor aclamado, o canadense Daniel Caesar ganhou os holofotes com o lançamento do EP ‘Pilgrim’s Paradise’ (2015), mas foi com o seu álbum de estreia, ‘Freudian’ (2017), que ele alcançou reconhecimento internacional. A voz suave do artista, combinada com letras profundas, estabeleceu sua reputação na música R&B e soul e resultou na conquista de diversos prêmios, incluindo um Grammy. Dono dos sucessos ‘Best Part’ e ‘Get You’, Caesar colaborou com artistas renomados como H.E.R. e atingiu o topo das paradas americanas recentemente por sua participação na música ‘Peaches’, de Justin Bieber. Aos 28 anos, o cantor desembarca em São Paulo com a turnê do terceiro álbum de sua carreira, ‘Never Enough’.

Daniel Santiago e Pedro Martins
Pedro Martins e Daniel Santiago são dois talentosos músicos brasileiros, notáveis por suas habilidades como guitarristas e compositores, com contribuições significantes para a cena musical contemporânea no Brasil. Nascido em 1993, Pedro Martins começou a tocar guitarra muito jovem e rapidamente se destacou por sua habilidade técnica e criatividade. Sua música transcende gêneros, incorporando elementos de jazz, MPB e experimentalismo. 

Daniel Santiago, por sua vez, colaborou com diversos artistas renomados e é conhecido por sua destreza técnica e sensibilidade musical. Daniel também é um compositor prolífico, envolvendo-se em projetos que abrangem uma variedade de estilos musicais, desde o jazz até a música brasileira. Juntos, os artistas proporcionam uma fusão de influências, com virtuosidade técnica e originalidade artística, comprovado nos álbuns ‘Simbiose’, de 2016, e o mais recente ‘Movement’, de 2023.

​David Morales
A experiência do nova-iorquino David Morales à frente das pick-ups remonta à emblemática década de 80, quando a disco music explodiu no cenário mundial. Com o sucesso crescente de suas performances nos principais nightclubs do país, Morales se uniu a um dos grandes nomes da house music, Frankie Knuckles, e à empresária da vida noturna de Nova York, Judy Weinstein, para criar a Def Mix Productions. A partir daí, lançou o álbum de estreia ‘The Program’ e assinou remixes de estrelas como Jamiroquai, Janet Jackson e Mariah Carey, além de gravar o clássico do house ‘Needin’ U’, sob o pseudônimo de David Morales Presents The Face. Indicado ao primeiro Grammy em 1996 como produtor do álbum ‘Daydream’, de Carey, pela música ‘Fantasy’, o DJ ganhou o troféu de “Remixer do Ano” na edição de 1998. Desde então, produziu e remixou mais de 500 discos para estrelas como U2, Michael Jackson, Madonna, Aretha Franklin e Whitney Houston. Durante a pandemia lançou o programa ‘Sunday Mass’, de transmissão ao vivo no Twitch para seus fãs em todo o mundo, que alcançou grande sucesso e cuja versão ao vivo ele apresentará – em um set de cinco horas – no C6 Fest.  

Dinner Party ft. Terrace Martin, Robert Glasper and Kamasi Washington
Dinner Party é um supergrupo de jazz contemporâneo e hip-hop formado por quatro músicos de renome: Terrace Martin, Robert Glasper, Kamasi Washington e 9th Wonder, sendo este último a única ausência no show em São Paulo. Antes de se unirem para criar a banda, em 2020, todos os integrantes já haviam alcançado reconhecimento individual em suas respectivas carreiras. A colaboração resultou em uma sonoridade sofisticada e marcada pela complexidade musical e letras reflexivas, evidenciadas no EP de estreia que trazia apenas o nome do grupo (2020) e no álbum mais recente ‘For Granted’ (2023). Com influências diversificadas, o Dinner Party transcende gêneros para criar um conceito inovador na interseção entre o jazz e a música contemporânea.

DJ Meme
DJ Meme iniciou sua carreira nos anos 80 e logo tornou-se uma figura influente na cena da música eletrônica no Brasil, pois foi um dos primeiros a introduzir e popularizar a house music no país. O carioca atingiu notoriedade internacional com parcerias prestigiosas, como o convite de Yoko Ono para remixar ‘Give Peace a Chance’, de John Lennon, que o elevou ao primeiro lugar na parada Hot Dance da Billboard. Reconhecido também por suas colaborações com artistas notáveis, incluindo Gilberto Gil, Caetano Veloso e principalmente Lulu Santos, para quem produziu o álbum ‘Eu e Memê, Memê e Eu’ (1995), Meme é hoje considerado uma lenda da música eletrônica brasileira.

Fausto Fawcett
O carioca Fausto Fawcett é um artista multifacetado, notório por sua atuação como escritor, músico, cineasta e performer. Sua carreira começou a ganhar corpo nos anos 1980, quando se tornou uma figura proeminente na cena cultural brasileira. Conhecido por sua abordagem irreverente e provocativa, Fawcett explora temas sociais e cotidianos em suas obras. Sua incursão na música se deu no álbum ‘Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros’ (1987), projeto que mescla elementos eletrônicos com poesia e traz o seu maior hit, ‘Kátia Flávia, a Godiva do Irajá’. Influente na contracultura brasileira, o artista apresenta no C6 Fest ‘Favelost, O Baile’, numa colaboração com o grupo Insanosom. 

Jair Naves
Reconhecido por seu estilo único de composição lírica, Jair Naves é dono de uma das vozes mais expressivas no cenário do rock alternativo brasileiro. Nascido em Brasília, o cantor, compositor e multi-instrumentista começou a trajetória musical com a Ludovic, banda influente no cenário punk brasileiro. Em 2012, iniciou a carreira solo, onde se destacou pelas letras introspectivas em canções que exploram o indie rock e o folk. O seu álbum de estreia, ‘E você se sente numa cela escura, planejando a sua fuga, cavando o chão com as próprias unhas’ (2014) recebeu elogios da crítica especializada. Com quatro álbuns lançados, Jair é reconhecido pela honestidade e habilidade em traduzir experiências pessoais em músicas envolventes e pelas performances catárticas. 

Jakob Bro ‘Uma Elmo’ 
O guitarrista dinamarquês Jakob Bro lançou seu quinto álbum como líder pela ECM, intitulado ‘Uma Elmo’. Nele, forma um novo trio com o trompetista norueguês Arve Henriksen e o baterista espanhol Jorge Rossy. Apesar da notável sinergia musical do grupo, foi durante as sessões de gravação que os músicos tocaram juntos pela primeira vez. Destacando a abordagem sem pressa de Bro, o disco reafirma a observação do London Jazz News sobre a grande profundidade de seu trabalho. ‘Reconstructing a Dream’ é a faixa de abertura, seguida por ‘To Stanko’, uma homenagem a Tomasz Stanko, e ‘Music for Black Pigeons’, uma homenagem a Lee Konitz. O álbum também apresenta o som poético de Henriksen e a contribuição de Rossy, conhecido por seu trabalho no trio de Brad Mehldau. A revista DownBeat elogiou a luminosidade da guitarra de Bro, descrevendo sua música como simultaneamente hipnótica e dramática.

Jaloo convida Gaby Amarantos
Expoente da música indie e eletrônica paraense, a cantora e compositora Jaloo recebe no C6 Fest a poderosa voz de Gaby Amarantos, sua conterrânea. Ambas se firmaram como ícones da poderosa cena nortista. Nome artístico de Jaime Melo, Jaloo começou a ganhar destaque na década de 2010 ao imprimir em sua música as influências que mesclam a cultura de seu estado de nascença com elementos contemporâneos. Reconhecida por suas produções inovadoras e as performances vibrantes, ela apresenta no C6 Fest sucessos da discografia e do recém-lançado ‘Mau’ (2023), terceiro álbum de estúdio de sua trajetória.

Ao longo de sua carreira, a paraense explora, em letras provocativas, temas como identidade, sexualidade e experiências pessoais. Ela se destaca não apenas pela sonoridade única, mas por sua presença marcante no cenário LGBTQIA+ brasileiro, causa também defendida com fervor por Gaby Amarantos, cantora e atriz que despontou em 2012 com o álbum ‘Treme’ (2012).

Jihye Lee Orchestra
A renomada compositora e regente sul-coreana Jihye Lee obteve sucesso relativo no início da carreira como cantora de pop, entretanto foi somente quando se matriculou na Berklee College of Music de Boston que descobriu, nas aulas de canto, a sua paixão pelo jazz. À frente da orquestra que leva o seu nome, lançou os elogiados álbuns ‘April’ (2017) e ‘Daring Minds’ (2021), nos quais se evidencia a sua abordagem inovadora na fusão de elementos da música tradicional de seu país de origem com o jazz contemporâneo. Sua capacidade em incorporar sonoridades únicas e de romper fronteiras culturais a consolidaram como uma figura influente na música mundial. 

Noah Cyrus
Irmã caçula da superstar Miley Cyrus, Noah Cyrus começou a ganhar proeminência aos 16 anos de idade com o lançamento do single ‘Make Me (Cry)’ (2016). Ao explorar gêneros como pop e o country, Noah se destaca pela autenticidade lírica e versatilidade musical, comprovadas no seu EP de estreia ‘Good Cry’ (2018), com o qual solidificou sua presença na indústria. Além da música, ela expressa sua individualidade através da moda e da defesa de causas como saúde mental. Apesar das comparações inevitáveis com os outros membros de sua família artística, a cantora construiu uma identidade única, marcada por sua sinceridade e a habilidade de se reinventar. A artista vem ao Brasil pela primeira vez com a turnê de ‘The Hardest Part’ (2022), seu primeiro álbum de estúdio.

Paris Texas
Formado pelos músicos Louie Pastel e Felix, o duo californiano Paris Texas ganhou os holofotes em 2021 com o lançamento de ‘Heavy Metal’, EP de estreia que mistura influências do rock, punk e rap. A abordagem inovadora e a sonoridade distinta os credenciou como uma das bandas mais promissoras da cena do hip-hop alternativo. O primeiro álbum de estúdio do grupo, ‘Mid Air’ (2023), vem recebendo elogios da crítica especializada por desafiar convenções e extrapolar as barreiras do gênero. Segundo Sophie Williams, da NME, “é um álbum que se destaca brilhantemente como o emblema do caos afiado e controlado que Paris Texas refinou ao longo de EPs anteriores”. 

Pavement
Banda de rock alternativo originária da Califórnia, o Pavement se tornou uma figura central na cena indie norte-americana dos anos 1990. Composta por Stephen Malkmus, Scott Kannberg, Mark Ibold, Bob Nastanovich e Steve West, o grupo lançou álbuns influentes até hoje, como ‘Slanted and Enchanted’ (1992) e ‘Crooked Rain, Crooked Rain’ (1994). Este último os catapultou ao mainstream com o sucesso ‘Cut Your Hair’. A estética lo-fi e as letras enigmáticas, inteligentes e irônicas definem as composições da banda, que mistura elementos de rock, noise e indie. Dissolvido antes da virada do milênio, o quinteto comandado por Malkmus se reuniu uma segunda vez no ano passado – a primeira foi em 2009 – para uma série de shows que tem lotado os locais onde se apresenta. 


Pista Quente 
‘Pista Quente’ é uma das mais badaladas festas de house e música eletrônica em São Paulo, onde se tornou referência na cena noturna. A balada é especialmente celebrada nas vésperas de feriados, no N/A Club, oferecendo uma experiência prolongada de uma noite intensa de música e dança.

Raye
Comparada pela imprensa inglesa a Amy Winehouse pela semelhança física e alcance vocal, a jovem Raye, de origem suíço-ganense, tem apenas 26 anos e já é um dos nomes de destaque da cena britânica, somando mais de 2,3 bilhões de execuções nas plataformas de streaming. Compositora requisitada, já escreveu para artistas como Beyoncé, John Legend, Ellie Goulding, Diplo, David Guetta e Khalid, além de figurar nos créditos de ‘Girl from Rio’, de Anitta. Foi quatro vezes indicada ao Brit Awards, principal premiação da música britânica, e uma ao Ivors, em 2019, na categoria compositora do ano. No mesmo ano recebeu o BMI Impact Award em reconhecimento à sua arte inovadora, visão criativa e impacto no futuro da música. No início de 2023 lançou de forma independente o álbum de estreia ‘My 21st Century Blues’, depois de uma disputa de sete anos com sua antiga gravadora.

Romy

Guitarrista, cantora e compositora britânica, Romy ganhou notoriedade como integrante do aclamado trio de indie pop The xx, fundada em 2005, ao lado de Oliver Sim e Jamie xx. A sonoridade minimalista e melódica do grupo, marcada pela atmosfera etérea das músicas, elevou o grupo ao mainstream a partir de álbuns como ‘xx’ (2009) e ‘I See You’ (2017). Assumidamente lésbica, Romy também se destaca como ícone LGBTQIA+, levando suas experiências pessoais para suas composições. Como artista solo, Romy lançou o álbum ‘Lose My Mind’ (2021) e, mais recentemente, ‘Mid Air’ (2023), ambos elogiados pela crítica especializada. Sua habilidade em expressar emoções complexas através da música consolida o seu papel como uma das artistas mais influentes da cena indie contemporânea.

Soft Cell
Após um retorno estrondoso em 2018 com a turnê comemorativa do seu álbum de estreia, ‘Non-Stop Erotic Cabaret’, de 1981, o icônico duo britânico ressurgiu com uma vitalidade sonora que desafia o tempo. Conhecido pela linguagem experimental e letras provocativas, muitas vezes mergulhando em temas sombrios e decadentes, o grupo se destacou ao fundir new wave, eletrônica e elementos do underground. Pioneiros do synth-pop, o Soft Cell conquistou fama mundial com o sucesso ‘Tainted Love’ (1981), um hino do pop da década de 1980. Formado por Marc Almond e Dave Ball, o grupo alcançou o Top 10 do Reino Unido com o seu último lançamento, ‘Happiness Not Included’ (2022), e demonstrou que o seu legado musical não apenas persiste como segue relevante.

Squid


Banda britânica de pós-punk formada em 2015, o Squid é composto por Ollie Judge, Louis Borlase, Arthur Leadbetter, Laurie Nankivell e Anton Pearson. Originários de Brighton, o grupo se destacou internacionalmente pela sonoridade experimental e a fusão de gêneros. Com influências que vão de krautrock ao jazz e letras intrigantes que exploram temas como a sociedade moderna e a tecnologia, o Squid se caracteriza pelas composições complexas e as performances enérgicas no palco. O álbum de estreia, ‘Bright Green Field’ (2021), reforçou sua reputação como uma das bandas mais promissoras do cenário alternativo e sua ascensão meteórica evidencia sua força na no pós-punk contemporâneo. No C6 Fest, o grupo apresenta a turnê do recém-lançado álbum ‘O Monolith’ (2023). 

Valentina Luz
Valentina Luz é performer e DJ brasileira, com pesquisas em torno da house music e forte base nas raízes negras e LGBTQIA+ da música eletrônica. Nome fundamental na atual cena underground paulistana, com sets que nos levam ao inesperado, ela conduz os ouvintes a experiências inusitadas na pista de dança. 

Young Fathers
O trio escocês Young Fathers é conhecido por seu estilo musical idiossincrático que funde rock experimental, pop artístico, hip-hop e noise. Com uma trajetória celebrada pela autenticidade de não seguir as tendências da indústria, o grupo formado em 2008 por Alloysious Massaquoi, Kayus Bankole e Graham ‘G’ Hastings ganhou reconhecimento com o álbum “Dead” (2014), com o qual conquistou o prestigioso Mercury Prize. A diversidade cultural dos membros influencia fortemente suas letras, que abordam temas como identidade e pertencimento. Depois de solidificar ainda mais a sua posição na vanguarda da música alternativa com o álbum ‘Cocoa Sugar’ (2018), a banda traz a turnê de ‘Heavy Heavy’ (2023), seu último lançamento. A capacidade de evolução e honestidade de suas canções os posiciona como uma das bandas mais impactantes e progressistas da cena contemporânea. 

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