O DJ sueco Jesper Dahlback – confira perfil do DJ que tocou no Brasil em mar


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O DJ sueco Jesper Dahlback – confira perfil do DJ que tocou no Brasil em março

Por: DJ Ivan LP

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Estocolmo, Suécia. Terra de Ingmar Bergman, da boa vodka, do Hockey, mas não é sobre essas coisas que eu quero falar. O nome dele é Jesper Dahlback, uma das figuras mais importantes da cena eletrônica sueca que vem para a próxima Delírio. Dahlback começou produzindo techno em 1991 em seu quarto e já em meados de 1993 fundou um estúdio (Globe Studios) com Adam Beyer (DJ e dono do respeitadíssimo selo de tecnho Drumcode), após um encontro numa viagem rumo à Love Parade. A partir de 1995 ele passou a trabalhar com o selo Planet Rythym e Hybrid sob o pseudônimo Lenk e fundou logo em seguida o seu próprio selo DK em parceria com Thomas Krome. Este selo foi um dos primeiros a fazer um crossover entre o techno e a house na Suécia, já que a cena do país naquele momento era dominada pelo techno. Lançaram pelo DK artistas como Alexi Delano, John Sealway, Jori Hulkkonen e DJ Sneak.

Após vários anos produzindo techno e lançando hits pelos mais diversos e principais selos do gênero, Dahlback conheceu o produtor de house Stephan Grieder com quem produziu o hit "Stay With The Machine." Abriu-se então um novo caminho em sua carreira onde passou a lançar faixas de house de extremo bom gosto, com muitos vocais e instrumentos acústicos. Partindo desta perspectiva lançou em 1998 seu primeiro álbum Stockholm, que contou com a parceria Jean Louis Huhta e o resultado foi uma fusão de música eletrônica, jazz e Dub.

O selo Svek, pelo qual participou de 32 produções das 62 lançadas, foi indicado ao Grammy duas vezes em 1998 e 2001, sendo considerado o selo do ano pela revista Mixmag em 2001. Seu encontro com Tiga em 1999 resultou em dois CDs mixados: The Stockholm Mix Sessions I e II, trabalho que revelava o lado house de Dahlback e a experiência que ganhou tocando pelo mundo. São duas obras-primas, podem acreditar.

Ultimamente Dahlback tem lançado por diversos selos e sob diversos pseudônimos: JD, Pagan Acid, Hugg & Pepp, Kebacid. Seus últimos lançamentos tinham uma clara influência da Acid House, tendência indiscutível nos dias de hoje. Recentemente fez um remix para Voulez Vouz do ABBA que apareceu no chart de diversos djs e não foi à toa, a versão é incrível.

Vale a pena conferir a apresentação do Jesper Dahlback, pois ele tem características que acho fundamentais nesses tempos em que a música eletrônica está cada vez mais segmentada: ecletismo e bom gosto.

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