Yves Saint Laurent e a tatuagem


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Nova coleção masculina de Yves Saint Laurent apresentada em vídeo de Ari Marcopoulos

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Nova coleção masculina da grife é apresentada em vídeo de Ari Marcopoulos

A nova coleção masculina Primavera/Verão 2011 da Yves Saint Laurent vem representada por um vídeo do artista e fotógrafo holandês Ari Marcopoulos, que vive na California. O vídeo No Way Back, encomendado pelo diretor criativo da YSL, Stefano Pilati, mostra o cotidiano do estúdio Shamrock Social Club em Hollywood, do tatuador Mark Mahoney.

No início da carreira Ari Marcopoulos trabalhou como assistente nos estúdios de Andy Warhol e Irving Penn. Com vídeos que fizeram parte da bienal Whitney 2010, Marcopoulos ficou conhecido por suas fotos que combinam arrojamento e elegância e por seus curtas que documentam tribos e subculturas urbanas como o circuito artístico novaiorquino dos anos 80 de Basquiat, Haring e Mapplethorpe, grupos musicais como os Beastie Boys, além das culturas do surfboard e do skate. No vídeo que fez parte da bienal do Whitney, o curta Detroit, Ari Marcopoulos mostra jovens músicos improvisando, na cidade que foi berço da música techno. 

A cultura da tatuagem, focada na premissa de criação de uma arte permanente, não parece um tema que combine com uma grife como a YSL. A colaboração com Ari Marcopoulos faz sentido no contexto histórico da grife que sempre teve conexão com a arte moderna e contemporânea. O próprio Yves Saint Laurent desenhou o antológico vestido inspirado no artista holandês Piet Mondrian e foi um grande colecionador de arte ao lado de seu companheiro, Pierre Bergé. A coleção particular de arte de Yves Saint Laurent foi vendida em 2009 por cerca de 438 milhões de dólares, o valor mais alto até hoje arrecadado em um leilão da coleção de um único colecionador.  A grife YSL sempre anunciou em revistas de arte internacionais como a Artforum.

Enquanto a arte e a moda têm se aproximado significativamente nos últimos anos, a tatuagem e a arte também têm se conectado em projetos de artistas atuais. O controverso artista espanhol Santiago Sierra, que há dois anos fez uma exposição na Inglaterra com obras feitas de matéria de excremento humano, também é um ávido apreciador da arte da tatuagem. Na performance entitulada Person Paid to Have 30cm Line Tattooed on Them, Sierra pagou transeuntes na Cidade do México para que fossem tatuados nas costas. A idéia era mostrar como esses trabalhadores ganham pouco a ponto de aceitar 50 dólares para que um tatuador faça uma marca indelével em suas costas. Os tatuados no estúdio Shamrock Social Club de Mark Mahoney, no entanto, se tatuam por prazer e não por necessidade…

Veja o vídeo No Way Back:

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